Sobre os índios em Ubatuba (história)
Os primeiros habitantes da região de Ubatuba foram os índios Tupinambás. Na época do descobrimento a aldeia recebia deles o nome de Iperoig (ou Yperoig). Este povo vivia tranquilo da caça, pesca e alguma agricultura, principalmente de mandioca, e em paz com as aldeias vizinhas. Eram também excelentes canoeiros e artesãos.
Com a chegada dos cós colonizadores portugueses e franceses tudo mudou. Os europeus tentaram escravizar os índios que tentaram escravizar os índios. Os Tupinambás e seus vizinhos Tupiniquins organizaram-se, formando a “Confederação dos Tamoios”.
Excelentes guerreiros, formaram um verdadeiro exército visando enfrentar os portugueses. Ameaçavam destruir as Vilas de São Paulo e São Vicente.
A palavra Tamoio na língua dos Tupinambás significa “o mais antigo, o dono da terra”. Por isso o nome dado à união foi Confederação dos Tamoios, que era a união dos índios, verdadeiros donos da terra.
Os índios eram comandados pelo famoso Cacique Cunhambebe, um índio alto, forte, destemido e segundo alguns bastante feroz. Cunhambebe foi o comandante das tribos tupinambás e tupiniquins unidas numa grande nação guerreira dos Tamoios.
Nesta época haviam dois Jesuítas Missionários em São Vicente:
Manoel da Nóbrega e José de Anchieta. Ambos foram convocados em 1563 para intervir e negociar com os índios.
Durante a negociação os índios mantiveram preso o Padre José de Anchieta como garantia, enquanto Manoel da Nóbrega se reunia com os chefes indígenas para fechar o acordo.
A negociação foi lenta e difícil, e Anchieta ficou cerca de 4 meses sob custódia dos tamoios. Muitos acreditam que foi durante o período em que esteve nas mãos dos Tupinambás que José de Anchieta escreveu nas areias da atual Praia de Iperoig os famosos versos do “Poema à Virgem”.
Em 14 de setembro de 1563 foi assinado o Tratado da Paz de Iperoig – o primeiro tratado de paz das Américas. Os franceses foram expulsos e os índios pacificados.
O Padre Manoel da Nóbrega retornou à Aldeia de São Paulo para concluir a operação. Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa.
A cidade tem hoje o nome de Ubatuba por ter sido ocupada pelos índios tupinambás. Ubatuba significa lugar de canoas, ou de canas, e é um termo em tupi, uma língua indígena. Ubatuba surgiu com o os índios, uma vez que uba significa canoa, que é o nome de uma espécie de cana, e tuba significa um lugar.
Tribos Tupinambás e Tupiniquins
Tupinambás – povo indígena brasileiro que habitava a região litorânea do Brasil numa fixa que abrangia os atuais litorais do sul estado do Rio de Janeiro e o litoral norte do estado de São Paulo, onde se inclui a atual cidade de Ubatuba.
Os tupinambás são considerados os antepassados de todas as tribos tupis que habitavam o litoral brasileiro no século XVI, e eram a nação indígena mais conhecida da costa brasileira pelos navegadores europeus do século XVI4.
Os Tupiniquins eram também conhecidos como topinaquis e tupinaquis, tupinanquins.
Também são um grupo indígena brasileiro pertencente à nação Tupi e que habitava, até o século XVI, o sul do atual estado da Bahia e o litoral do atual estado de São Paulo, entre Santos e Bertioga . Foram o grupo indígena com o qual se deparou a esquadra portuguesa de Pedro Álvares Cabral, em 23 de abril de 1500.
Na fase inicial do Brasil colônia os portugueses quiseram escravizar os índios para trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar, o que gerou na aliança dos tupinambás e tupiniquins liderada pelo cacique Cunhambebe, denominada Confederação dos Tamoios.
Esta revolta só teve fim com o primeiro tratado das Américas, o Tratado de Paz de Iperoig, intermediado pelos padres jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta.
Guaranis
A história dos índios Guaranis em Ubatuba se inicia no fim do século XIX, quando as tribos guaranis iniciaram um processo de migração rumo ao litoral. No final da década de 60 surgiu a Aldeia Boa Vista em Ubatuba. Eram índios emigrados do Paraguai, que fizeram um caminho que passou pelo Paraná, Paraty e finalmente em Ubatuba, estabelecendo assim a Aldeia Boa Vista da Nação Guarani.
A FUNAI acabou legitimando a posse da terra para os índios, resgatando assim a dívida que Ubatuba tinha com os primeiros habitantes desta terra – os índios tupinambás extintos, na época da colonização.
Hoje a aldeia tem recebido algum apoio estrutural da Prefeitura de Ubatuba e da Funai, já contando por exemplo com serviços rede elétrica, abastecida através da captação da energia solar.
A aldeia Boa Vista está localizada no bairro do Prumirim e conta com uma área de 801 hectares.
Aldeia Boa Vista
A aldeia Boa está localizada na Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Prumirim, em Ubatuba, Litoral Norte SP. Essa terra indígena já se encontra demarcada pelo Decreto Presidencial N.º 94.220/87, que garantiu aos Guarani 920,66 hectares. Está localizada em área de Mata Atlântica, o que é fundamental para os Guarani, que pelo seu modo de ser e viver deve estar próximo da floresta.
A criação da Aldeia Boa Vista faz parte de um processo em que os Guarani têm retornado para seus antigos territórios na faixa litorânea.
A aldeia foi formada em meados dos anos 1960, quando três famílias, vindas da aldeia de Rio Silveira, chegaram à região e ali se estabeleceram. Na época, a única ligação da aldeia com Ubatuba era uma pequena trilha, a quatro horas de caminhada. O contato com a população local caiçara era esporádico e pacífico.
A construção da Rio–Santos (BR-101) na década de 1970 acelerou a ocupação da região, e os moradores tradicionaism (caiçaras, índios e quilombolas) foram vítimas da especulação imobiliária e da grilagem de terras.
Em 1982 iniciou-se o processo de reconhecimento e demarcação das terras indígenas em São Paulo, inclusive a da aldeia Boa Vista. Em 1987 foi, finalmente, homologada a demarcação da Terra Indígena da Boa Vista.
Mesmo tendo seu território garantido, os Guarani enfrentam sérios problemas para assegurar sua alimentação e uma vida digna.
A caça, que constituía uma fonte importante para a alimentação de sua população, já não é tão abundante na região. Por outro lado, no processo de contato mais intenso com os juruá (não-índios), os Guarani passaram a consumir produtos industrializados (roupas, alimentos, eletrodomésticos), o que gerou a necessidade do dinheiro.
Neste contexto, o desenvolvimento de alternativas para geração de renda de forma sustentável é um dos desafios prioritários para os Guarani da Boa Vista.
Fonte: Comissão Pró Índio de SP
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Na verdade em tupi lugar significa Tiba e não Tuba. A cidade passa a se chamar Ubatuba devido a influência da lingua Portuguesa.O mesmo não aconteceu em Curitiba que siginifica
Curi = Nome que os indios davam a araucária
Tiba = Local de
Os tupiniquins ( assim como os temiminos ou maracayos) não eram aliados na confederação dos Tamoios e sim inimigos. Aceitaram a catequese e a opressão colonizadora se aliando aos Portugueses.
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Guia de Turismo e professor Marcão